27 de julho de 2013

Resenha: O Diário de Jack, O Estripador.


Livro: O Diário de Jack, O Estripador
Autora: Shirley Harrison.
Editora: Universo dos Livros.
Páginas: 504.

Pessoas perturbadas levadas psicologicamente a cometer crimes perfeitos, são - para mim - donos de uma história curiosa. Estava andando numa livraria e vi de relance o nome de um livro que me causou muita curiosidade, o título trazia: “O diário de Jack, o estripador”. O nome “Jack” é o pseudônimo dado a um assassino em série, que estripou pelo menos cinco mulheres no distrito de Whitechapel, em Londes, na segunda metade de 1988. A parte de “O estripador” é porque Jack as estrangulava e as estripava, algumas teorias foram feitas a partir do fato dele retirar alguns órgãos das vítimas, datando-o como algum conhecedor de anatomia.


O livro é um estudo feito pela escritora Shirley Harrison, de um diário dado como escrito por Jack no decorrer dos anos que praticou os assassinatos. Foi entregue a ela em março de 1992 por alguém que afirmava ser o diário do Jack, e desejava publicá-lo.
Logo no começo do livro, Shirley comenta sobre como chegou até o diário, como fez para estudar e saber mais do assunto, e das pessoas que estiveram ajudando-a à descobrir coisas sobre Jack.
Harrison não quer que acreditemos que James Maybrick é Jack, ela nos dá informações sobre seus 5 anos de pesquisa, e apenas no início da última página temos a certeza de que Maybrick é, de fato, Jack. O diário pertenceu à James Maybrick, um comerciante de algodão. Além de toda pesquisa e uma cópia do diário oficial, no fim do livro temos os fatos que nos leva a crer de que James era Jack, entre eles: mapas dos assassinatos, fotografias das vítimas, informações sobre as mortes, horários e etc.. Mesmo assim, o mais intrigante - na minha opinião - é a cópia intacta do diário, onde vemos que Jack era um homem diferente antes dos assassinatos, e tenta dar um motivo por ter as matado.
O mais intrigante sobre o diário bruto, é sua última página, com data de três de maio de oitenta e nove, assinada “Jack, o estripador”.
As cinco vitimas conhecidas tinham vidas paralelas, e não há ligação direta com o provável assassino. Foram mortas de formas parecidas e meticulosamente pensadas. Antes de um serialkiller, Jack foi um artista, matou cinco mulheres sem deixar muito sangue, e sem deixar muitas pistas.
Das passagens da cópia do diário original, uma certamente nos marca, é o auge de quando Jack diz que não foi sempre um assassino: "Estou com medo de olhar tudo que escrevi. Talvez fosse mais sensato destruir isto, mas em meu coração não consigo me obrigar a fazê-lo. Já tentei uma vez, mas como o covarde que sou, não consegui. Talvez em minha mente atormentada eu deseje que alguém leia isto e entenda que o homem que me tornei não era o homem que um dia fui."
O estudo de Harrison foi realmente espetacular, alguns dos fatos que ela conseguiu foram de extrema importância para a ficha dos crimes, e para o livro. É uma obra surpreendente e intrigante, impossível de não se ler até o fim.



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