8 de outubro de 2013

Entrevista com o escritor Marcelo Amaral

Confira a entrevista com o escritor de Palladinum e A Máquina Antibullying Marcelo Amaral.

Para quem não o conhece, Marcelo Amaral nasceu em 1976 no Rio de Janeiro e, em 2012, publicou o seu primeiro livro, Palladinum, uma aventura fantástica com a Turma da Página Pirata e que em breve terá uma sequência. Após Palladinum, Marcelo publicou seu segundo livro - A Máquina Antibullying - outra história da Turma da Página Pirata que, apesar de publicado depois, se passa antes de Palladinum e fala sobre Paçoca, um menino que inventa uma maneira de se livrar dos valentões.
Dada a introdução, Marcelo Amaral é o mais novo parceiro do blog e tivemos a honra de entrevistá-lo. Apesar de pouco tempo como escritor, Marcelo já tem um grande destaque na literatura infanto-juvenil no Brasil, tanto que foi indicado ao prêmio Destaques Literários em 2012.
Sem mais delongas, confira a entrevista logo abaixo:
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Quando você percebeu que queria ser um escritor?
Acho que aconteceu comigo o que acontece com muitas pessoas que escrevem: ao terminar de ler um livro do qual gostei muito surgiu o desejo de querer contar, também, as minhas próprias histórias. No meu caso esse “clique” foi logo após o término da leitura de Harry Potter e o Cálice de Fogo; eu estava totalmente fascinado pelo universo criado por J.K. Rowlling e aquilo me inspirou demais a criar meus próprios mundos.

Quando mais novo, você costumava criar histórias?
Sim, quando criança gostava de criar histórias em quadrinhos. Não tinha qualquer método, simplesmente a ideia vinha e eu saía elaborando o roteiro à medida que ia desenhando os quadros. É claro que isso nem sempre dava certo e o comum era essas HQs nunca terminarem. Mas muitas delas eu guardo até hoje, com imenso carinho.

No livro Palladinum é perceptível uma certa semelhança com o desenho Caverna do Dragão e jogos de RPG. Eles realmente influenciaram a criação de seus personagens e da história?
Eu diria que totalmente. (risos) Acredito que tudo aquilo que a gente assiste, lê, escuta, joga ou interage acaba sendo absorvido e nos influencia. Não apenas Caverna do Dragão me serviu de referência, mas também Goonies, Senhor dos Anéis, Harry Potter, História Sem Fim... Isso no caso de Palladinum. A coleção da Página Pirata, por outro lado, bebeu de outras referências, como os livros infantojuvenis de Pedro Bandeira, João Carlos Marinho e as séries Diário de Um Banana e Como Treinar Seu Dragão.

De onde você tirou ideia para seus personagens e dos acontecimentos de seus livros?
Alguns personagens, como a Pastilha e o Piolho, nasceram antes da história. Eu tinha a ideia de fazer um livro infantil sobre uma menina que vivia doente e um garoto que não gostava de tomar banho, mas o projeto acabou crescendo (MUITO! rsrs). Costumo brincar que esses personagens lutaram para estar numa história maior. A história de Palladinum nasceu de vários sonhos que tive – e pesadelos, lógico – e foi nesses sonhos, alguns deles lúcidos, que eu percebi o que seria a força motriz de Palladinum: a capacidade que temos de controlar nossos sonhos, nos tornando verdadeiros super-heróis enquanto dormimos.

Qual dos seus personagens é o seu favorito? Por que?
Essa é uma pergunta difícil... Eu diria que Pastilha e Piolho, por serem os mais parecidos comigo. Mas tenho muito carinho por todos os membros da turma da Página Pirata.

Quais escritores e livros que te inspiram?
Já citei alguns deles na entrevista, então vou falar de outros: Tolkien, C.S. Lewis, Michael Crichton, Michael Ende, Eduardo Spohr, Raphael Draccon... A lista é grande!

Apesar dos personagens de Palladinum e A Máquina Antibullying serem os mesmos, é possível notar uma diferença entre os 2 livros, Palladinum parece ser um pouco mais maduro do que A Máquina Antibullying parece um pouco mais infantil, tanto em número de páginas quanto em trama. Realmente existe esta diferença entre ambos?
Com certeza os dois livros são muito diferentes e era exatamente essa a intenção, minha e da editora. Palladinum é uma grande aventura de fantasia, uma jornada na qual um grupo de jovens precisa aprender a enfrentar uma série de perigos no Mundos dos Sonhos, o qual já foi corrompido e transformado em Pesadelo Perpétuo, e combater o Mal que ameaça também o nosso mundo.
A Máquina Antibullying não é uma sequência de Palladinum. Pelo contrário, a história se passa antes e faz parte da Coleção Turma da Página Pirata, que vai contar aventuras menores, com grande foco na diversão e em temas relevantes. Por isso mesmo é destinado a um público mais jovem, mas não por isso menos exigente. Acho que um livro infantojuvenil precisa passar uma mensagem e cabe ao autor fazer isso sem soar “professoral”. É preciso que o leitor capte a essência do ensinamento nas entrelinhas.

O que lhe dá mais prazer em ser um escritor?
Acho que é poder criar mundos e dar vida a personagens. E poder descobrir que eles falam mesmo com você. É incrível, mas só escrevendo e se afeiçoando aos nossos personagens é que a gente percebe isso.

Qual é a sua interação com os seus leitores?
Eu vivo pendurado no Twitter e Facebook, então muita gente interage comigo através dessas redes. Recebo fotos e comentários de leitores de todas as idades contando como gostaram da leitura. A maioria das mensagens é de jovens contando como o livro os fez criar gosto pela leitura ou os inspirou a serem também escritores. Acho que esse é o melhor retorno que um autor pode receber. Mas o melhor mesmo é o contato pessoal, em feiras e eventos. O carinho das pessoas tem sido incrível, fico muito feliz com isso.

Qual é o conselho que você gostaria de dar para quem está começando a escrever?
Acho que o maior conselho que posso dar é ler muito, escrever muito e procurar cursos. Para desempenhar qualquer atividade a gente precisa estudar, praticar e se dedicar para executá-la cada vez melhor. Com a escrita não é diferente.

Antes de terminar, cite 3 filmes, 3 livros e 3 bandas (sejam eles os seus favoritos ou os que te inspiraram).
Filmes – A História Sem Fim, Parque dos Dinossauros e Goonies.
Livros – A História Sem Fim, saga Harry Potter (em particular o Prisioneiro de Azkaban) e Senhor dos Anéis.
Bandas – Queen, Coldplay e The Police.
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Antes de terminar eu gostaria de agradecer imensamente ao Marcelo Amaral por ter nos concedido esta entrevista.
Se gostaram e querem saber mais sobre o autor entrem nestes links e adquiram o livro diretamente do site:


Comentários
2 Comentários

2 comentários:

  1. Ainda não li nada do autor, mas gostei da entrevista e quero conhecer melhor as obras!

    Estandy Books - A Estante Da Andy

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  2. Mikael, acho que vários escritores se inspiram na JK, afinal ela é mesmo um exemplo de boa profissional. Também gostei de saber que ele sente prazer em criar personagens, afinal os personagens bem criados são essenciais para um bom livro.

    Bjs, Isabela.
    www.universodosleitores.com

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