Desde que foi anunciado que o simpático livro de 300 páginas escrito por Tolkien seria dividido em três filmes, muitos fãs ficaram receosos quanto a esta informação. Quando um livro possui 600 páginas e é dividido em dois filmes - como foi o caso de Harry Potter e as Relíquias da Morte -, a divisão passa a ser aceitável. O Hobbit, porém, se mostrou um filme que luta para estender o pouco que sobra de sua trama e torna seus 161 minutos de duração parecem uma longa viagem que não leva a lugar nenhum.
Neste novo "capítulo", Bilbo (Martin Freeman) continua sua jornada com o grupo liderado por Thorin Escudo de Carvalho (Richard Armitage), determinados a derrotar Smaug e recuperar todo o tesouro encontrado na Montanha Solitária. Durante a viagem, Gandalf precisa resolver seus próprios assunto, deixando assim seus pequenos companheiros seguirem sem sua ajuda.
O filme começa com um toque emocionante e ritmo acelerado, logo no início presenciamos a famosa cena das aranhas, prometendo ser mais ágil que seu antecessor. Entretanto, após uma hora de filme, esta agilidade se perde e nos deparamos com cenas demasiadamente longas e desnecessárias para a trama, com personagens criados apenas para remendar acontecimentos que não desenvolvem a história.
É possível notar a mudança drástica no clima de Uma Jornada Inesperada para A Desolação de Smaug, mostrando-se um filme mais sério e obscuro do que seu animado antecessor. Contudo, esta mudança parece subestimar o próprio Tolkien, o que levou os roteiristas e reescreverem a própria trama de O Hobbit, com tantos subplots que nunca são resolvidos e se contradizem o tempo todo, esquecendo dos acontecimentos de seu antecessor e até os de O Senhor dos Anéis.
O que Peter Jackson nos mostra durante este filme é que ele está tentando ao máximo tornar O Hobbit um novo O Senhor dos Anéis, recriando cenas, fazendo referências e até repetindo a trilha sonora de Howard Shore. A trilha sonora é outro ponto relevante, pois não temos uma música tema impactante para este filme, diferente do que aconteceu nos outros passados na Terra Média.
Porém, nem tudo é algo a se lamentar, os cenários, apesar de tradicionais da série, ainda enchem os olhos de tanta beleza e riqueza nos detalhes, com tantas cores e brilho que chegam a impressionar durante as cenas que exploram e engrandecem a Terra Média.
A Desolação de Smaug serviu, nada mais, do que uma grande introdução para seu episódio final, tornando-se quase todo dispensável, não passando de uma grande gordura para a construção de uma Terra Média que não parece a que conhecemos em 2001, com A Sociedade do Anel. A ideia de dividir um pequeno livro em três longos filmes fez com que Peter Jackson acabasse se transformando no próprio Smaug, destruindo o potencial de um bom filme por causa de sua ganância. O veredito final é a pergunta que surgiu após Uma Jornada Inesperado: foi uma boa ideia dividir o filme em três? Desta vez, infelizmente, obtivemos a resposta.
Ainda não assisti o filme, mas estou curiosa. Muitos personagens que não aparecem no livro aparecem no filme (caso do Legolas). Mas não gostei de colocarem uma elfa ali no meio, poderiam adotar um elenco totalmente masculino como o livro.
ResponderExcluirwww.colinadotordo.com
Oi, Mikael!
ResponderExcluirVi seu blog no grupo Blogueiros Literários e vim aqui te visitar e seguir. :)
Ainda não assisti ao filme, mas estou doida pra ver!
Beijos!
www.oblogdasan.com