25 de julho de 2013

Combo Música + Livro (Parte 1): Metallica e The Call of Cthulhu


O americano Howard Phillips Lovecraft (20 de agosto de 1890 – 15 de março de 1937) ficou conhecido mundialmente como um dos maiores, se não o maior, representante do horror na literatura. Mas diferentemente do usual, seus contos se mesclavam a densidade das experiências sobrenaturais com outros aspectos da literatura que viriam a ser aclamados num futuro próximo, como a ficção científica e a fantasia. Tais características presentes em suas obras o levaram a ser reconhecido, e sua mitologia foi explorada por outras formas de arte como a música, em especial, o Metal.





Mas o que os contos de Lovecraft e as músicas do gênero pesado possuem em comum? O horror puro e simples. Desde sempre o Rock e suas vertentes exploram temas macabros, muitas vezes para chocar os seus ouvintes, ou até mesmo para criar uma atmosfera envolvente e soturna em meio à exploração de suas músicas por parte dos ouvintes. É mais provável que os que tomaram os contos de Lovecraft como referência para a parte lírica de suas canções procuravam certamente ampliar as sensações dos consumidores do material, que muitas vezes não só procuram ouvir músicas apenas por ouvir, mas apreciar os conceitos ali presentes.

Após a introdução chata, vamos ao que interessa: The Call Of Cthulhu, um dos maiores contos de horror de todos os tempos, que passou a ser uma referência para uma banda conhecida mundialmente, o Metallica. Sua primeira publicação aconteceu em 1926 pela revista pulp Wierd Tales, e ali surgiu o Cthulhu, uma espécie de divindade alienígena grotesca e aterrorizante que conseguiu devotos ao redor do mundo desde o seu início. O culto permaneceu através dos séculos, e os membros da sinistra religião desejavam trazer o Cthulhu de volta ao mundo, e com ele, o fim de tudo. Contudo, apesar de todo o enfoque na entidade, o brilho do conto não está na sensação de horror ao contemplarmos as descrições de Lovecraft a respeito da monstruosidade do ser: o que realmente leva o leitor para uma dimensão fantástica de terror é o caráter investigativo do narrador em primeira pessoa, que acaba por levar o leitor consigo a cada descoberta. Participar de um evento e catastrófico pode parecer uma experiência pouco agradável na vida real, mas viajar com o narrador e participar como um ser presente naquela realidade (e sem parecer artificial ou forçado) são experiências que poucos contos curtos oferecem.


Mas e quanto ao Metallica? O que os rapazes do Thrash Metal mais bem sucedidos comercialmente têm a dizer a respeito da grande obra de Lovecraft? Vejam abaixo:


Música: The Thing That Should Not Be
Álbum: Master of Puppets (1986)

Crawling chaos, underground
Cult has summoned, twisted sound
Out from ruins once possessed
Fallen city, living death

É possível notar que a mesma sensação de horror e desespero está presente no conteúdo lírico da música, que retrata as cenas finais do conto. Segue abaixo também outra música que, apesar de instrumental, serve também como trilha sonora para a obra de Lovecraft:



Música: The Call of Ktulu
Álbum: Ride the Lightning (1984)

Hunter of the shadows is rising, immortal... In madness you dwell!




Comentários
2 Comentários

2 comentários:

  1. Oi Gabriel, parabéns pelo post! Muito interessante a relação que você fez! Adorei seu blog e já estou seguindo! Visite o meu também... Abraços:

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